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Com a Renda tem queda de 2,8% nas metrópoles, a maior em 12 anos. Desemprego vai a 6,2%

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Elviro Rebouças é economista e empresário

A crise econômica afetou em cheio o mercado de trabalho. Segundo o IBGE, o desemprego nas seis maiores regiões metropolitanas do país subiu para 6,2%, a maior taxa para março desde 2011. A renda caiu 1,3%. Levando em conta a inflação, a perda nos rendimentos foi de 2,8%, a maior em 12 anos. O mercado de trabalho sofreu o impacto da crise econômica do Brasil. A renda recebida nas principais regiões metropolitanas do país (Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Recife, Salvador e Porto Alegre) teve o maior tombo em 12 anos: queda real de 2,8% frente a fevereiro, segundo a Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do IBGE. Na comparação com março do ano passado, a perda chegou a 3%. Até em termos nominais houve queda, de 1,3%, ou seja, mesmo sem levar em conta as perdas causadas pela inflação, os valores efetivamente recebidos em março (R$ 2.134,60 em média) foram menores do que os do mês anterior (R$ 2.196,76). Isso ocorre, por exemplo, se a pessoa mudou de emprego e passou a receber menos. Já a queda real acontece quando a renda cresce menos que a inflação, ou seja, o rendimento até subiu, mas não tanto quanto os preços — o que faz com que o poder de compra fique menor. Já o desemprego subiu pela terceira vez consecutiva e passou de 5,9%, em fevereiro, para 6,2% no mês de março, a taxa mais alta desde maio de 2011 (6,4%). Em relação a março de 2014, a alta foi de 1,2 ponto percentual. Para especialistas, a queda na renda e da massa de rendimentos e a alta da taxa de desemprego confirmam a retração da economia brasileira em 2015. Na passagem de fevereiro para março, a queda na renda real atingiu trabalhadores com e sem carteira assinada, quem trabalha por conta própria e até servidores públicos. Trabalhadores do comércio, da indústria, serviços, construção, bem como de serviços domésticos, servidores públicos e de serviços como hospedagem e alimentação tiveram quedas expressivas no rendimento. A exceção ficou por conta do rendimento dos trabalhadores sem carteira que subiu 2,7% em relação a março de 2014. Esse dado, segundo o IBGE, pode estar associado à uma queda ainda mais intensa do emprego formal.
MINISTRO PÁRA O BRASIL, EM PLENA ENTREVISTA
O ministro dos Transportes, Antônio Carlos Rodrigues, afirmou nesta última quarta-feira (29)de abril, que “várias obras no país vão parar” e que ele “não pode esconder o que está acontecendo no ministério”. Segundo ele, o ministério ainda não tem previsão de quanto poderá investir neste ano, o que atrapalha o desenvolvimento dos projetos de infraestrutura. “Eu nunca esperava chegar no início de maio sem saber quais recursos teríamos”, disse. O ministro participa de audiência pública na Comissão de Infraestrutura do Senado. Logo ao iniciar sua exposição, Rodrigues se desculpou com os senadores e disse que era muito complicado comentar o investimento em obras neste momento e chegou a brincar que era preciso sensibilizar o ministro Joaquim Levy (Fazenda). “Vou receber várias reclamações do senhores de “parou a obra tal” e vai parar sim. Assusta receber um telefonema dizendo “ou você paga hoje ou eu paro a obra” e eu não tenho [dinheiro para pagar]”, afirmou. “Os telefonemas que eu recebo e as visitas, nesse período de quatro meses, são só de reclamações por falta de dinheiro e de estabilidade porque não sabemos o que vamos ter pela frente”, completou. Depois do desabafo, os senadores riram e perguntaram se, então, seria o caso de encerrar a audiência, já que não seria possível fazer nenhuma nova pergunta. “Não acabou. Estou à disposição. Quando eu souber quanto tenho de recursos e as prioridades eu posso voltar aqui e dizer”, disse. O ministro destacou que o envolvimento de empreiteiras em escândalos de corrupção também ajudou a travar o setor. Rodrigues disse que para este ano é esperado um investimento na área de transportes de R$ 3,6 bilhões. Segundo ele, esses gastos serão bastante menores que em 2014, quando foram R$ 18,8 bilhões.
SENADO TIRA SIGILO DAS OPERAÇÕES SECRETAS DO BNDES
Com baixo quórum, o governo não conseguiu derrubar, na votação do Senado, emenda incluída na Câmara pelo PSDB ao Projeto de Conversão da MP 661, autorizando o fim do sigilo nas operações de crédito do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Também foi mantida na votação do Senado autorização para que o Tesouro faça um aporte de R$ 30 bilhões ao BNDES; autorização para que o BNDES refinancie contratos de financiamento firmados com caminhoneiros até 31 de dezembro de 2014 e ampliação para 40% dos proventos de salário e aposentadoria do INSS o percentual que pode ser utilizado para crédito consignado, sendo que 10% exclusivamente para quitar débitos de cartão de crédito. Como não houve mudança por causa da urgência em resolver o impasse com caminhoneiros, o projeto vai agora a sanção presidencial e caberá a presidente Dilma Rousseff manter ou vetar o fim do sigilo nas operações secretas do BNDES para governos de outros países e a grandes grupos econômicos no Brasil.

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